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RESULTADOS DO INQUÉRITO "MONITORIZAÇÃO DOS EFEITOS DA COVID-19"

Setor da Ourivesaria Portuguesa

O setor de ourivesaria portuguesa vinha a empreender uma trajetória de crescimento e expansão internacional, mas o atual contexto provocado pela COVID-19 representa um travão às aspirações das empresas. A AORP traça o retrato de um setor praticamente bloqueado, devido ao encerramento das Contrastarias e dos estabelecimentos comerciais. 

O inquérito, realizado a 88 empresas, revela um setor maioritariamente composto por pequenas e médias empresas (81% com menos de 10 trabalhadores), de cariz familiar, cujo agregado familiar depende em grande parte – se não na totalidade – do negócio.

Da amostra inquirida, 80% das empresas encerraram totalmente a sua atividade na sequência do estabelecimento do Estado de Emergência em Portugal, sendo que 65% revelam ser por tempo indeterminado.

As consequências já se começam a sentir. 58% dos inquiridos preveem um impacto de 76 a 100% nas vendas e 19% situam os danos entre os 51 e os 75%. A quebra no volume de vendas, o encerramento temporário das contrastarias – única entidade com competência legal para certificação dos produtos de joalharia, e o encerramento das instalações, assim como o encerramento das cadeias de distribuição a montante e a jusante são os principais motivos de preocupação das empresas, sendo que muitas consideram a implementação de medidas de lay-off, despedimentos e mesmo encerramento de atividade. De referir ainda que, dado o cancelamento de feiras internacionais, as empresas revelam preocupação na recuperação a médio prazo.

O setor da ourivesaria portuguesa é composto por 4.300 empresas, representando um volume de negócio anual de 1.000 milhões de euros, dos quais 10% correspondem a exportação.

 


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25 · 03 · 2020